BNDES melhora condições para linha de crédito de apoio à eficiência energética

O BNDES reformulou a linha PROESCO que passa a se chamar BNDES Eficiência Energética, com novas condições de apoio, mais atrativas, a projetos de eficiência energética.

Abaixo, alguns destaques dessa reformulação:

  • A linha, até então chamada de "Proesco", agora passa a se chamar "Linha de Eficiência Energética";
  • As ESCOs continuam sendo elegíveis ao crédito, bem como outros tomadores, como empresas usuárias finais de energia ou distribuidoras;
  • Os investimentos podem ser realizados em unidades próprias ou de terceiros;
  • O prazo de pagamento, anteriormente limitado a 72 meses, agora poderá ser estendido, conforme a característica de cada projeto;
  • O custo financeiro mantém como referência a TJLP;
  • O valor mínimo será de R$ 5 milhões, havendo a possibilidade de submissão de um "conjunto de projetos" sob uma única transação (contrato) para atingir e/ou superar esse patamar;
  • As novas regras já estão vigentes e disponíveis em BNDES Finem - linha Eficiência Energética.

    É importante destacar que o BNDES dispõe de outros instrumentos para apoio a projetos que buscam eficiência Energética. Projetos de menor porte podem ser financiados pela linha BNDES Automático e também pela nova plataforma BNDES Soluções Tecnológicas, que apresentam condições de financiamento vantajosas para Micro, Pequenas e Médias empresas.

    O texto síntese, abaixo, está sendo divulgado na imprensa pelo BNDES.

    "BNDES melhora condições para linha de crédito de apoio à eficiência energética

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) melhorou as condições de financiamento para promoção de eficiência energética. Reformulada, a linha Proesco passa a se chamar BNDES Eficiência Energética, com condições financeiras mais atrativas.

    O prazo de pagamento, anteriormente limitado a 72 meses (carência mais amortização), foi flexibilizado, e agora poderá ser ampliado, conforme a especificidade de cada projeto ou conjunto de investimentos. O custo financeiro mantém como referência a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6,5% ao ano, cuja alocação foi priorizada para os projetos considerados prioritários pelo Banco nas mais recentes políticas operacionais do Banco. A participação máxima do BNDES como financiador foi mantida em até 70% do total do projeto.

    A nova linha não está restrita a empresas de serviços de conservação de energia (ESCOs), podendo ser acessada por qualquer empresa com sede e administração no País. O instrumento contempla tanto investimentos realizados pelas organizações em unidades próprias quanto em unidades de terceiros. Além disso, as operações de financiamento podem ser realizadas tanto na modalidade direta (em que o projeto é analisado diretamente pela equipe do BNDES), quanto na modalidade indireta (em que o projeto é analisado por um agente financeiro credenciado pelo BNDES, que atua como intermediário da operação), a critério do tomador de crédito.

    O valor mínimo para operações foi estabelecido em R$ 5 milhões, significativamente abaixo dos R$ 20 milhões de patamar mínimo usualmente estabelecido nas linhas diretas do BNDES. Para atingir os R$ 5 milhões, o cliente poderá agrupar investimentos em locais distintos na mesma operação, ou seja, seu plano de investimentos poderá contemplar um conjunto de projetos de eficiência energética a serem executados em diferentes locais, como, por exemplo, uma rede de hotéis, lojas ou unidades industriais. Para as operações abaixo desse R$ 5 milhões, pode ser utilizada a linha BNDES Automático, produto operado pelos agentes financeiros credenciados.

    Os tipos de empreendimentos apoiáveis estão agrupados em quatro categorias: edificações, com foco em ar condicionado, iluminação, envoltória e geração distribuída, incluindo cogeração, para unidades novas ou já existentes (retrofit); processos produtivos, com foco em cogeração, aproveitamento de gases de processo como fonte energética e outras intervenções a serem priorizadas pelo BNDES; repotenciação de usinas; e redes elétricas inteligentes."

    30/07/2015

  • [Fonte: BNDES]


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